Por acaso quem me disse isso foi meu amigo Vinicius Teles, muitos de vocês o conhecem tanto da comunidade Ruby on Rails quanto como um dos pioneiros de Extreme Programming no Brasil. Estamos palestrando no Encontro Locaweb desse ano, então semana passada tive a oportunidade de discutir esse assunto com ele, em Salvador (nessas horas de incertezas, nada como conversar com os bons amigos). Neste momento estou escrevendo este post de Belo Horizonte, pouco antes da minha palestra. Como eu sou um fanfarrão, ele disse que se eu não escrevesse esse post, que conversamos a respeito semana passada, eu merecia um tapa na orelha. Resolvi levar a ameaça a sério (risos).
Mas falando sério :-), a intenção desse post é ser um pensamento aberto. Neste momento ainda estou pensando no que fazer mas não me comprometi com nada. Principalmente porque, se possível, gostaria de evitar fazer mais do mesmo. Já sei como é ser funcionário, como é ser pessoa jurídica/autônomo, como é ser programador, como é ser gerente, como é vender projeto, como é comprar projeto, como é entregar projeto, como é contratar e demitir. Acho que depois de tantos anos, chega aqueles momentos em que nós nos cansamos um pouco. Inclusive a intenção de ficar parado propositalmente por alguns dias é para desintoxicar um pouco.
Aliás, ajuda muito a entender isso se vocês assistirem a palestra do Vinicius (De serviço a produto, que ele falou no Rails Summit do ano passado e este post de 1 ano atrás).
Na época, por causa do Ruby on Rails, eu fui “obrigado” a aprender a evangelizar. Em 2006, eu decidi que gostaria de poder trabalhar com isso, mas não havia mercado no Brasil. As alternativas eram desistir ou mudar de país. Como sou meio masoquista :-) peguei a terceira opção: tentar ajudar a criar um mercado próprio aqui mesmo. Daí começa minha jornada de escrever o livro, o blog, palestras, eventos até culminar nos dois últimos Rails Summit.
Posso dizer que gosto muito de fazer isso: evangelizar, blogar, palestrar, fazer provas de conceito, experimentação. Se desse para fazer isso tempo integral seria ideal.
Outra opção que tenho é pensar em abrir alguma coisa própria. Tenho algumas idéias mas ainda nada em andamento. Muitas pessoas me falaram em abrir minha própria consultoria, mas por diversas razões essa idéia não me agrada muito. Eu já fui consultor por muitos anos, tenho uma boa idéia de como as coisas funcionam (projetos, sub-contratação, clientes) e por isso mesmo fico relutante em investir em consultoria.
Enfim, este é o primeiro post de um “Diário de Bordo” até eu decidir o que vou fazer (ou for forçado a decidir, quem sabe). Estou aberto a idéias e sugestões. Obrigado por me ouvirem.