[Akitando] #1 - Akitando em Seoul - Parte 1

2018 August 10, 17:00 h

Disclaimer: esta série de posts são transcripts diretos dos scripts usados em cada video do canal Akitando. O texto tem erros de português mas é porque estou apenas publicando exatamente como foi usado pra gravar o video, perdoem os errinhos.

Descrição no YouTube

Este é meu episódio piloto e para iniciar quero começar relatando como foram meus 10 dias na Blockchain Week de Seoul. Neste episódio vou começar falando sobre como foi minha primeira vez visitando a cidade de Seoul.

Perdoem o reflexo da iluminação no meu óculos. Vou ajustar isso nos próximos vídeos!

Script

Anyonghaseyo! Fabio Akita o yo! Pangawoyo!

Bem vindos ao episódio piloto deste canal. Como devem ter percebido o assunto vai ser Coréia, e o que acabei de dizer basicamente exauriu meus enormes conhecimentos da língua, esperem eu massacrar os nomes dos lugares em coreano. Coloquem KY nos comentários e sejam legais, é meu primeiro vídeo.

Mas HOJE quero falar sobre a viagem que eu fiz no final de Julho pra Seoul.

Alguns devem saber que eu tô BEM engajado no assunto de criptomoedas e blockchains - assunto que VAMOS cobrir mais para frente.

Mas, quem está pesquisando essa área SABE que o FOCO das atenções não é Silicon Valley, como era na época do Google ou Facebook.

NÃO, as atenções estão voltadas lá pro Mediterrâneo, Norte e Leste Europeu e PRINCIPALMENTE a Ásia. Países como China, Japão, Singapura, Taiwan, e, claro Coréia do Sul, estão liderando esse movimento.

Portanto, se alguém está levando isso REALMENTE a sério, PRECISA ir pra Seoul.

Eu tinha essa intenção MAIS pra frente, queria ainda aprender um POUCO de Hangul - que é a língua deles - antes de ir - porque eu DETESTO ir para um país onde não entendo nada da língua - mas daí, no começo de junho, SEM QUERER vi um anúncio de um GRANDE evento chamado Beyond Blocks Summit Seoul, que ia acontecer em julho! JÁ!

Bom, Coréia! Tem DUAS! a do Norte que foi Cubanizada e ultimamente é só fonte de memes no Twitter. E a do Sul que é realmente impressionante!

Eu já estive em Tokyo duas vezes e, sendo descendente de japoneses - caso alguém não tenha notado - sou obrigado a dizer que em Seoul eu me senti meio que numa versão miniatura de Tokyo.

NESTE episódio, vou comentar um pouco sobre minha visita na cidade e falar da conferência no próximo vídeo.

A idéia não é fazer um documentário turístico mas relatar algumas impressões. A primeira coisa a saber se você quiser ir pra Coréia do Sul é que para estadias curtas - de menos de 90 dias - não precisa de nenhum visto, só chegar chegando mesmo.

Você aterrissa no aeroporto Incheon que fica numa ilha. E para chegar em Seoul você tem 3 opções: táxi, ônibus e trem. Esquece táxi, vai pagar uma fortuna - 80 trumps.

Trem é o canal. Aliás, a malha metroviária de Seoul é foda. Tá no mesmo nível de Berlin, Manhattan. Quem sabe um dia São Paulo chega lá .... A maioria dos vagões são modernos, com ar condicionado, wi-fi (pago), e as estações têm paredes de vidro para ninguém cair nos trilhos. Diferente de Tokyo, eu não vi aquelas multidões se empurrando e apertando dentro dos vagões. Mesmo dias de semana que voltei nos horários de rush, tava bem sossegado.

Uma coisa parecida com Japão e outros países, muitas das estações tem shopping centers subterrâneos. Então se você vai numa estação invariavelmente vai achar diversas pequenas lojinhas, tipo boxes. Os lugares que passei tinham MUITAS lojas, e era MUITO difícil achar lojas para homens, a maioria esmagadora eram lojas femininas.

Roupas, bijuterias, perfumes, cosméticos, tudo é pro público feminino. Tem pelo menos 2 bairros que eu vi ao redor de universidades só para mulheres (coisa comum no Japão também) e nesses locais é mais cheio ainda de lojas, cafés e coisas para mulheres. Não é anormal em metrópoles da Asia as mulheres casarem tarde ou nem casarem e preferirem continuar independentes, e as ofertas de consumo refletem isso.

Eu fiquei num bairro meio turístico chamado Myeongdong, no meio da muvuca. Esse bairro tem uma característica interessante, todos os dias mesmo durante a semana as ruas estreitas comerciais, entupidas de lojas de diversos tipos, tavam sempre cheios de street food, várias barracas com os mais diversos tipos de culinária de rua coreanas. Cheiro de feira o dia todo.

Por coincidência, nessa região eu tava próximo de 2 atrações. Primeiro sem querer achei uma escola de animação, anime mesmo. Eu sou Otaku portanto gosto muito de tudo que tem a ver com anime então tive que entrar.

Parece que na história da Coréia eles também curtiam mestre Osamu Tezuka, mas ao invés de só consumir o que o Japão produzia, eles também criaram as próprias histórias.

Eu visitei no fim de semana, então não tinha muita gente. Mas tinha vários itens legais pra ver, em particular bonecos e esculturas de mechas dos anos 60 e 70 como esse derivado coreano de Mazinger Z. Dá pra ver que eles apreciam a arte faz muito tempo. Especialmente porque você pode ver mais clássicos como Oogon Bat, Kikaider, Ultraman USA. E eles sabem o que existe de bom, como mais estes ultra clássicos de Leiji Matsumoto, Captain Harlock, Galaxy Express 999, Yamato, Queen Millenia.

Não sei porque tinha uma exposição sobre filmes da DC. Os filmes foram uma droga mas pelo menos essas estátuas da Liga da Justiça tavam animais. E eles incluíram alguns interessantes como o Cavaleiro das Trevas original de Frank Miller, dioramas do Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan, e até algumas lembranças do Batman de Tim Burton - que por acaso fez o melhor Batmóvel de todos os tempos, na minha opinião.

Falando em coisas geek, não lembro pra onde eu tava indo mas acabei descendo na estação errada sem querer. Já tava ficando irritado comigo mesmo mas logo na saída das catracas, esbarro com isso! Uma loja de Gundams e outros mechas! As estações de metro são realmente lugares a serem explorados. E eles tinham coleções completas de tudo, desde os clássicos RX-78, vi modelos de séries como Z, ZZ, 0080, 0083, até versões super deformed e outros mecha como os Evas de Evangelion. Um harém de mechas no meio do nada.

Aproveitei para pegar o metrô e ir até o bairro de Seogyo-dong visitar o famoso Trick Eye museum. É um museu interativo que tinha duas exibições. Na primeira você tinha aquelas pinturas que se faz no chão e você precisa estar numa certa posição pra ver o desenho se formar na perspectiva e adicione a isso um app pra iOS e Android com realidade aumentada que cria animações 3D em cima dessas pinturas. Tinha vários cenários da hora, fogo e lava, gelo e neve, fundo do mar, dragões e fantasia.

Mais engraçado foi saindo do museu, indo de volta à estação, resolvo pegar uma rua paralela menor dô de cara com um monte de pequenos grupos cantando e dançando por tudo quanto é lado, com uma audiência até respeitável. E eu quero dizer ALTO!

Sendo otaku e geek eu preciso ficar me forçando a não ficar só caçando lojas de eletrônicos e cultura pop. Então fiz longas caminhadas. Sério! Andei pelo menos 10 km por dia. Lembrando que eu cheguei no VERAO e, só porque desgraça pouca é bobagem parece que alguns dos dias que lá foram os MAIS quentes da história recente deles. Todo dia fazia pra lá de 38 ou a 40 graus. Era bem úmido. Eu suava pra caramba.

Um exemplo do meu masoquismo foi próximo daonde eu tava, em Myeongdong. De lá dava pra ver a Nansam Tower, a torre mais alta de Seoul de onde é possível ter uma visão panorâmica da cidade. Até a base da morro já era um caminho de subida.

Na base cruzei com um pequeno monumento. Um memorial aos que lutaram e morreram defendendo o país do comunismo, depois da invasão do que eles chamam de “exército de fantoches” da Coreia do Norte em 1950. Fantoche é bem correto pra um comunista. Um excelente lembrete do extremo mau do comunismo e do socialismo. A Coréia é uma visão BEM clara: a Coréia do Sul é o futuro e a Coréia do Norte comunista morreu no passado.

Enfim, dali eu podia pegar o teleférico para subir mas eu olhei e pensei, bah ... porque não ir a pé? Bom, vamos dizer que foi uma subida BEM ... mas BEM .... mais longa e BEM mais íngreme do que eu pensei, ainda mais sendo meio dia, a quase 40 graus com sol pesado na cabeça. Sério, cheguei lá em cima me arrastando, encharcado de suor.

Mas a vista valeu a pena, dava para ter uma visão MUITO boa da cidade. A cidade não é tão grande assim, na verdade é menos da metade de São Paulo e tem alguns milhões de pessoas a menos, um total de 9 milhões. A torre em si é alta mas a pouco mais de 200m de altura ainda não chega na categoria da torre de Tokyo que visitei em 2009 que junto com a Eiffel, tão acima dos 300m nem muito menos ao Burj Khalifa que visitei ano passado em Dubai, e tem seus 800 e tantos metros.

Lá do alto eu conseguia ver meu bairro e meu hotel e mais ao lado o hotel Shilla, 5 estrelas de propriedade da Samsung que é onde foi o evento. Também dava pra ver o rio Han que corta a cidade no meio. Eu tava na metade norte do rio, e ao sul tem um bairro que ficou famoso no mundo inteiro por conta do famoso Gangnam Style do Psi, todo mundo sabe.

E ... ufa! Chega, acho que é o suficiente pro primeiro episódio! No próximo episódio vou concluir meu relato sobre minha visita a Seoul antes de partir pro assunto de blockchains na sequência.

Finalmente tirei o cabaço de YouTube, o que acharam? Não deixem de mandar seus comentários abaixo, se gostaram dêem um joinha e se quiserem saber como essa aventura acaba, assinem o canal e cliquem no sininho.

Cambio e desligo! Kamsahapnida!

tags: seoul coréia do sul turismo akitando

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