RubyConf Brasil 2011 - Palestrantes Brasileiros

2011 October 26, 04:03 h

se inscreveu para o RubyConf Brasil 2011? Esta é a última semana! Será semana que vem, quinta-feira e sexta-feira depois do feriado, nos dias 3 e 4 de Novembro. Se ainda não se inscreveu, não perca tempo para não perder seu lugar!

Seguindo a sequência do meu post sobre os palestrantes internacionais é a vez de nossos grandes rubistas brasileiros. Sendo este o quarto ano seguido de Rails Summit/RubyConf Brasil, já temos vários rubistas pelo Brasil afora com 4 ou mais anos de experiência prática, em tempo integral com Ruby, seja em empresas nacionais ou internacionais.

Este ano tive mais propostas de palestras do que caberia na grade. Para balancear a grade infelizmente tive que deixar algumas palestras de fora. Se você enviou uma proposta de palestra e não entrou este ano, não se sinta mal por isso. Minha intenção foi trazer assuntos diversificados, técnicas mais teóricas, business cases, ferramentas, enfim um pouco de cada coisa para todos os gostos. Tenho certeza que vão gostar de todos os palestrantes nacionais e internacionais deste ano.

Na verdade, mais por conveniência do assunto acabei colocando o Leonardo Borges – que é brasileiro – no post anterior. Mas esqueci que deveria te colocado também o Rodrigo Franco, mais conhecido como Caffo, que é um dos mais antigos rubistas brasileiros, trabalha exclusivamente com startups norte-americanas e tem muita experiência. Desta vez ele nos trará uma das últimas “modas” no desenvolvimento de aplicativos, que é a gamificação, o processo de acrescentar elementos de jogos em aplicações tradicionais para torná-las mais interativas e engajar mais o usuário. Vale a pena assistir.

Diretamente da Locaweb, Ricardo Bernardelli e Fernando Hamasaki fazem parte de uma equipe (que, aliás, eu também já fiz parte quase 2 anos atrás) que desenvolveu a atual versão da loja online da Locaweb. A anterior era um legado bastante velho em ASP misturado com .NET com um acumulado de débitos técnicos irrecuperável. A primeira versão esta nova loja utilizou o famoso Spree. Porém o Spree não foi feito para o cenário de multi-tenancy que a Locaweb precisava. Nesta palestra Ricardo e Fernando vão apresentar a solução para escalabilidade no caso de uma aplicação neste perfil, para centenas de clientes, que precisava escalar sem precisar gastar desnecessariamente com hardware.

Falando em escalabilidade, o Marcos Toledo que trabalha atualmente para a ForexDesk, nos explicará sobre concorrência no mundo Rails. Rails foi construído sob uma base de “shared nothing”, ou seja, ele permite escalabilidade horizontal, com diversos processos Rails rodando em paralelo para atingir o nível de concorrência que sua aplicação precisa. Embora ele tenha sido criado com diversos cuidados, ainda existem diversos truques que podem agarrar seus pés num momento crítico. Justamente o Marcos nos explicará alguns desses truques e como evitá-los.

Veterano de Rails Summit e RubyConf, novamente teremos Carlos Brando, que atualmente grava o GrokPodcast junto com nosso camarada Rafael Rosa fu. Nas horas vagas de Grok ele trabalha na empresa Plano Bê, junto com o Luis Gustavo, um dos sócios. A Plano Bê desenvolve soluções para equipamentos embarcados, mais especificamente para as maquinetas de cartão de crédito ou débito como vocês sempre vêem em qualquer estabelecimento comercial. O que muitos podem não saber é que você pode desenvolve aplicativos nesses aparelhos! E justamente o Carlos Brando está num projeto de tentar criar uma versão “miniatura” de Ruby – com limitações, claro – que roda de forma eficiente nesse tipo de máquina. Venha entender como funciona uma linguagem de dentro pra fora com o Carlos e o Luis.

José Valim é o jovem-velho veterano do mundo Ruby, um dos principais committers do Ruby on Rails, responsável por muito do que usamos hoje no Rails 3, já trabalhando em direção ao Rails 4, e ainda tem tempo para atuar nos projetos da Plataforma Tec, onde é co-fundador. Assim como o Carlos Brando, o Valim também está explorando esta área de “criar linguagens”, atividade que está se tornando cada vez mais comum nos dias de hoje. Já criou sua própria linguagem hoje? Então assista à palestra do Valim, onde ele apresentará seu projeto Elixir, sua versão de Ruby escrita para rodar na máquina virtual do Erlang. Aprender as entranhas das linguagens é um excelente exercício para todo bom programador.

Lucas Húngaro já trabalhou em startups como o BlogBlogs e o Busk, fez parte da minha equipe na Gonow e também já é um palestrante experiente. Um dos seus assuntos favoritos é técnicas de desenvolvimento de software, especificamente o tema desta palestra é explicar o famoso SOLID, técnicas de orientação a objeto descritas pelo também famoso Bob Martin. Muitos que começam a desenvolver com Ruby acabam criando código “feio”, “macarrônico”, “procedural”. O Lucas tentará explicar como criar designs inteligentes de orientação a objetos usando Ruby. Se quer melhorar suas habilidades de Ruby, fale com o Lucas.

E existem diversas grandes técnicas a serem exploradas no desenvolvimento de aplicações Rails, especialmente quando a aplicação começa a ficar grande. Para nos ajudar a entender como podemos modularizar grandes aplicações Rails, teremos o Diogo Terror que lida justamente com arquiteturas e escalabilidade na famosa startup Boo-Box que – caso não saibam – tem muito do seu núcleo escrito em Ruby! Mais uma vez, experiência prática lidando com projeto real em produção. E o Diogo demonstrará como as novas capacidades apresentadas a partir do Rails 3 ajudam em muito esta tarefa de arquitetura.

Diretamente de Porto Alegre, receberemos um dos fundadores da Engage (antiga Softa), Diogo Biazus. Eles foram uma das primeiras empresas “self-funded” que lançou o produto de email marketing Mailee. Nestes anos todos, podemos afirmar que a equipe da Engage é bastante experiente em desenvolvimento de software. Nesta palestra, em específico, Diogo explicará todos os truques que aprendeu lidando com o banco de dados PostgreSQL. A maioria dos desenvolvedores hoje escolhe MySQL sem saber bem porque, ou ainda tem preconceitos errados e ultrapassados contra o PostgreSQL que, atualmente, deveria praticamente ser a opção padrão. Assista esta palestra e mude sua visão sobre o PostgreSQL.

Nando Vieira é outro veterano brasileiro de Ruby. Trabalhou também em startups como o BlogBlogs, fez parte da equipe recente de cloud computing da Locaweb e agora administra sua própria empresa que tem produtos como o CodePlane e cursos online no HOWTO. Também conhecido pelos mais íntimos como metralhadora de gems o Nando é bastante proficiente não só em desenvolvimento backend como também front-end. Muitos desenvolvedores tem um “medo velado” contra coisas como HTML 5, CSS 3, e também ignoram que existem diversas técnicas para facilitar o desenvolvimento do front-end da sua aplicação. Assista a palestra do Nando e comece a evoluir no mundo do front-end que, aliás, é o que tem sido mais valorizado uma vez que interação com o usuário se dá primeiro no front-end.

Falando em Front-end, um dos frameworks Javascript que está ganhando mais atenção recentemente é o Backbone.js, um framework à la “MVC”, leve, simples e que permite criar aplicações com interfaces complexas e altamente interativas sem que isso leve a códigos “macarrônicos”. Se você já se convenceu sobre esse tipo de framework, a próxima pergunta é: “como integrar tudo isso na minha aplicação Rails?” e para responder isso teremos o Rafael Felix nos dando uma aula sobre o assunto. O Rafael que atualmente trabalha na Crafters deve ajudá-los a expandir as idéias para novas possibilidades em desenvolvimento de aplicativos web.

Mesmo com frameworks, não pensem que desenvolver front-ends é algo “simples”. Pelo contrário, está cada vez mais difícil conciliar arquiteturas de back-end com front-end. Outro grande veterano que já pôs muito a mão na massa é o Daniel V. Lopes, co-fundador da Objetiva Software, professor nos cursos da e-Genial. Nesta palestra o Daniel apresentará como estruturar melhor sua aplicação Rails, principalmente em como pensar a respeito de telas front-end, modelagem de tabelas no banco, e como tudo isso se integra sem criar uma grande confusão.

Quem lê este blog já sabe que a Editora Abril é uma das grandes empresas brasileiras que adotou Ruby de forma séria e profunda, atualmente empregando dezenas de desenvolvedores de Ruby, com dezenas de projetos de software em andamento, podemos imaginar o caos para manter tanto código organizado. Especialmente se esse código tem inúmeras dependências e todas elas em constante evolução. Para ajudar a resolver parte desse caos, os rubistas Marcelo Manzan e Eric Fer criaram uma ferramenta de código-aberto chamado Step Up, adicionando uma funcionalidade extra na caixa de ferramentas do Git: a capacidade de administrar “anotações”. Quer implementar Ruby numa grande empresa, procurem o Marcelo e o Eric para ouvir a experiência deles.

A Globo.com é patrocinadora da RubyConf Brasil 2011 e agradecemos muito sua colaboração. Mais do que isso, eles estarão bem representados pelo Lucas Rosa Galego. Novamente, mais uma grande empresa brasileira que aposta em novas tecnologias. A Globo.com utiliza diversas plataformas para seus produtos, indo de Java, Python, até mesmo Ruby! E novamente, se quiser ver como Ruby escala em processos como os da Globo.com, converse com o Lucas e aprenda alguns truques novos para implementar em sua própria empresa.

Falar muito sobre as grande empresas usando Ruby pode parecer que a coisa fica muito “longe” e “inalcansável” para muita gente. “Será que preciso ser uma grande empresa para usar Ruby?” e para ajudar a responder parte disso teremos o Saulo Arruda, co-fundador da Jera que explicará um assunto que ainda confunde muita gente: depois que desenvolvi minha aplicação, onde posso hospedá-la? E a coisa fica ainda mais confusa com tanta gente falando sobre Cloud. Então o Saulo explicará como tirar proveito das novas tecnologias de cloud computing, como a Amazon EC2 para facilmente colocar sua aplicação nas nuvens sem dor de cabeça.

Não poderíamos deixar de explorar mais o mundo de Java com Ruby, e para falar de JRuby teremos o Douglas Campos, que atualmente é colaborador ativo do projeto JRuby, atuando diretamente na codificação de partes do seu núcleo. Especificamente o Douglas, também conhecido como “@qmx”, está explorando muito o novo recurso de “invoke dynamic” apresentado no Java 7, o recurso que facilita em muito a implementação de linguagens dinâmicas dentro da Java Virtual Machine (JVM). Assista a palestra do Douglas para aprender como o JRuby se benefia desses novos recursos. Aliás, muitos perguntam isso mas “sim”, JRuby é provavelmente a melhor opção hoje para rodar aplicativos desenvolvidos em Ruby no mundo Windows, inclusive aplicativos Web feitos em Ruby on Rails.

Falando em Ruby on Rails rodando com JRuby, é justamente esse o tema do Bruno Oliveira, mais conhecido como “@abstractj”, atualmente na Concrete Solutions. É verdade que o JRuby evoluiu a passos largos. Ele não é apenas uma “mera alternativa”, pelo contrário, ele já é uma soluçõa robusta, testada em produção por dezenas de projetos, é altamente compatível com Ruby MRI 1.8 e 1.9. Mais do que isso, já possui um ecossistema de ferramentas e bibliotecas que ajudam em muito. Um exemplo é o que o Bruno apresentará em sua palestra, o TorqueBox que permite executar aplicações Rails tirando todo proveito dos sub-sistemas do JBoss AS. Se você ainda tem dúvidas sobre usar ou não JRuby no ambiente puramente Java da sua empresa, assista à palestra do Bruno para aprender mais.

Finalmente, o Robson Júnior e Roberto Pepato vão nos explicar outra funcionalidade que está cada vez aumentando mais em uso: “GIS” ou “Geographic Information Systems”. Desde o Google Maps e o Foursquare, todos querem acrescentar recursos de geo-localização em suas aplicações. É cada vez mais importante saber lidar com esse tipo de técnica pois, sabendo utilizá-la corretamente, existe toda uma gama de novos aplicativos que podem tirar proveito disso. Por exemplo, filtrar procurar automaticamente levando em consideração a localização atual do usuário para trazer resultados mais relevantes. Mas mais do que isso, até complementando a palestra de “gameficação” do Caffo, que tal acrescentar um “geo-factor” também à sua aplicação? Aprenda como com o Robson e o Roberto.

Esta RubyConf Brasil provavelmente é a mais eclética em termos de assuntos. A idéia foi sair dos assuntos já tão debatidos como “TDD” ou simplesmente “Agilidade” para abordar assuntos mais “pé-no-chão” de pessoas que estão trabalhando com Ruby há anos, em projetos reais de grandes empresas ou startups, para lhes trazer perspectivas concretas e muitas novas idéias que você certamente se beneficiará na sua empresa, nos seus próprios projetos, mesmo que você não utilize Ruby. A intenção do evento não é converter todos em rubistas, pelo contrário, é celebrar a diversidade, unir comunidades e dividir idéias para gerar mais novas idéias.

E aí, vai ficar de fora? Espero que não!

tags: rubyconfbr2011

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