Palestrante Rails Summit: Fabio Kung

2008 August 29, 17:21 h

Continuando minha série sobre os palestranes brasileiros do Rails Summit Latin America, desta vez vamos conhecer um pouco mais sobre meu xará, Fabio Kung. Instrutor, consultor e desenvolvedor da Caelum. Ele é um exemplo de que aprender Ruby não significa abandonar Java. Ambas podem co-existir e qualquer desenvolvedor tem plenas capacidades para exercitar ambas.

Uma grande referência para os javeiros que querem se aventurar no mundo do Ruby, podem encontrar no Kung uma excelente referência. Não deixem de conhecê-lo no Summit! Vamos lá:

AkitaOnRails: Poderia se apresentar e falar um pouco mais sobre você? Principalmente suas experiências anteriores em tecnologia ou empreendedorismo pré-Rails?

Fabio Kung: Péssimo falar sobre você mesmo não? Mas em resumo, diria que sou um apaixonado por tecnologia, como grande parte das pessoas da nossa área (e dos railers, felizmente!). A paixão pela computação veio quando eu tinha 11 anos e comecei a programar em Logo.

Hoje sou engenheiro da computação pela Poli, trabalho como instrutor e desenvolvedor na Caelum, principalmente com Java, mas também coordeno o curso de Ruby on Rails.

AkitaOnRails: Como se encontrou com Ruby on Rails? O que foi que o convenceu a apostar seus recursos em aprender e usar essa tecnologia? O que você mais gosta sobre Ruby e Rails?

Fabio Kung: Comecei a mexer com Ruby no fim de 2004, por culpa do Carlos Villela, que ficava falando da linguagem no GUJ. Usei Ruby para bastante coisa, geralmente para automatizar alguma tarefa que precisasse fazer (renomear arquivos, manipular texto, …).

Até um compilador em Ruby eu fiz, quando estava estudando compiladores e os bytecodes Java. Parece meio doido, mas compiladores é uma área que eu adoro! Esse compilador em Ruby transforma código PL/0 para bytecode Java. Faz tempo que to querendo colocar o código no GitHub, quem sabe mais gente resolve estudar compiladores? A linguagem PL/0 é simples, mas compiladores nunca são simples. Aí que mora a diversão. ;-)

Só fui ter contato com Rails mesmo em 2005 e apesar de adorá-lo, o que realmente me fascina é a linguagem Ruby. Matz fez (e continua fazendo) um ótimo trabalho!

AkitaOnRails: Você participa da comunidade brasileira de Ruby e Rails? Tem blog, participa de projetos open source, ministra palestras ou cursos?

Fabio Kung: Eu participo como posso. Sempre que posso falo de Ruby e de Rails, inclusive em todos os cursos e palestras de Java que eu dou. Acho importante darmos uma agitada na nossa comunidade. Tenho um blog em inglês que escrevo na maior parte do tempo sobre Ruby. Também escrevo no blog da Caelum.

Eu posso dizer que hoje em dia metade do meu tempo está dedicado a open source. Meu trabalho dos sonhos! Participo em vários projetos open source e tenho a felicidade de tocar um projeto relacionado a Ruby on Rails e JRuby: Jetty Rails.

AkitaOnRails: O Rails Summit será uma grande oportunidade para conhecer pessoas, ver o que os outros estão fazendo, trocar idéias e ver o rumo da tecnologia. Sobre o que será sua palestra?

Fabio Kung: Java me fez chegar onde eu cheguei hoje. Apesar da linguagem estar sofrendo sérios problemas para evoluir, a plataforma Java é uma das melhores (se não for a melhor) para execução de código que existe. Projetos como o JRuby, que permitem executar código escrito em outras linguagens em uma excelente plataforma de execução de código, me fascinam.

Espero discutir um pouco sobre o que ganhamos e o que perdemos com a possibilidade de rodar código Ruby sobre a máquina virtual Java. Como fazer deployment de aplicações em Rails em servidores de aplicação Java e como se beneficiar disso.

AkitaOnRails: O que você tem a dizer aos desenvolvedores brasileiros que gostariam de usar Rails mas se vêem na situação de aprender apenas a tecnologia que tem maior marketshare?

Fabio Kung: Como diz o Vinícius Teles: faça o que ama. Se regular pelo mercado é arriscado demais na nossa área de constante inovação.

Pode ser que você esteja seguro agora seguindo o que o mercado pede, mas no médio/longo prazo sempre aparece alguém que faz um trabalho melhor, com metade do tempo e gastando metade do dinheiro. Na nossa área precisamos ser curiosos, buscar novas tecnologias, ser apaixonados. Mesmo que você não vá usar Rails no seu emprego atual, aprenda por você mesmo. Crie seu próprio mercado, sua própria demanda.

Valeu xará!

tags: railssummit2008

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