Entendendo o processo de Inicialização do Rails: Parte 1

2007 January 24, 12:21 h

Fonte: techno weenie

O processo de inicialização do Rails mudou de maneiras súbitas para o Rails 1.2 por causa da recodificação de dependências e algumas mudanças em plugins. Se estiver interessado em extender o framework Rails através de plugins, é muito importante entender esse processo. O segredo para tudo isso é mantido no Rails::Initializer#process.

Aqui vão alguns dos pontos principais:

Quando uma aplicação Rails carrega, ele deve seguir essa ordem básica de carga: framework => environment => plugins => application. Note que plugins carregam antes da sua aplicação, então idealmente seu plugin não vai ficar alterando models ou controllers da aplicação. Isso leva a problemas de dependência do plugin. Isso pode ser resolvido bagunçando com a ordem do config.plugins se quiser, mas prefiro que meus plugins fiquem para trás e deixem o Rails fazer suas coisas.

Mixins

Qual é outra maneira de resolver isso? Mixins. É como um monte de plugins funcionam. Em vez de modificar diretamente sua aplicação, eles definem módulos que então você inclui em seu model ou controller para adicionar a funcionalidade. Plugins mais complexos podem jogar um método helper mais simples (adicionando um método acts_as_* ao ActiveRecord::Base, por exemplo), que não faz mais do que adicionar dinamicamente um módulo e configurar opções customizadas.

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# init.rb
# note the lack of an explicit require, let Dependencies take care of that
class << ActiveRecord::Base
  def capitalized_titles!
    include CapitalizedTitles
  end
end

# lib/capitalized_titles.rb
module CapitalizedTitles
  def capitalized_title
    title.to_s.capitalize
  end
end

Models

Podemos adicionar models nos plugins, ou estamos apenas limitados a mixins? Claro, apenas seja cuidadoso que seus models não conflitem com nenhum model da aplicação. Para desenvolvimento geral de aplicações Rails, eu pessoalmente recomendo mixins e geradores de migrations, já que isso dá mais controle ao desenvolvedor. Mas se quiser incluir models, dê uma olhada em Engines ou o plugin plugin_migrations. Para o model propriamente dito, você pode apenas adicionar um arquivo sobre lib, como “lib/post.rb”.

Se quiser armazenar seu model em um diretório como “vendor/plugins/SEU_PLUGIN/app/models/foo.rb”, pode simplesmente adicionar essas linhas ao init.rb:

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# You can't use config.load_paths because #set_autoload_paths has already been called in the Rails Initialization process
models_path = File.join(directory, 'app', 'models')
$LOAD_PATH << models_path
Dependencies.load_paths << models_path

Isso é uma coisa que coisas como Engines fornecem de graça, mas acho que é bom saber o que está acontecendo por baixo dos panos antes de pular para algo do tipo.

Controllers

Controllers são mais complicados por causa de problemas de segurança. Se você se lembrar do grande incidente de segurança no Rails 1.1 vai recordar que o problema aconteceu por causa da noção que se tinha que qualquer classe jogava limpo o suficiente para ser um controller. A recodificação do Routing no Rails 1.2 introduz a propriedade #controller_paths exatamente por causa disso. Eis como um controller em um plugin deve se parecer:

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controller_path = File.join(directory, 'app', 'controllers')
$LOAD_PATH << controller_path
Dependencies.load_paths << controller_path
config.controller_paths << controller_path

Views

É fácil fazer seu controller rodar, mas e as views? Tão logo começar a usar seu controller, deve começar a reeber erro de falta de template: “Missing template script/../config/../app/views/foo/index.rhtml”. Isso porque por padrão, Rails usa um template_root de RAILS_ROOT/app/views. Se quiser mudar para “vendor/plugins/SEU_PLUGIN/app/views”, adicione isso ao seu controller:

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class FooController < ApplicationController
  self.template_root = File.join(File.dirname(__FILE__), '..', 'views')
  def index
  end
end

Claro, você pode definir uma classe base PluginController que manipula isso para você. Também dê uma olhada em Engines para manipulações mais complexas de views. Um dos benefícios é que ele deixa sobrescrever a view padrão do plugin por arquivos de views no template_root da sua aplicação. Devo falar mais sobre isso no futuro, existe um patch pendente que permite múltiplos caminhos de views

Observers

Observers de plugins funcionam como os observers da sua aplicação. Eles devem ser definidos em algum lugar do caminho de carga da sua aplicação (app/models, vendor/plugins/seu_plugin/lib, etc), e adicionados à coleção de observers. Você pode fazer isso adicionando ao config.active_record.observers tanto no environment.rb ou no init.rb do seu plugin. Como instanciar observers também instanciam os models, isso é feito depois que os plugins são carregados.

Da Próxima Vez …

Amanhã, vou seguir com o post com várias soluções para configurar suas aplicações Rails. Sim, isso é verdade. Decidi escrever os dois ao mesmo tempo para não ficar atolado com serviço e esquecer e colocar a próxima parte no ar. Não tive a chance de mexer muito com ActiveResource ultimamente, que é porque ainda não coloquei um segundo artigo.

tags: obsolete rails

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